Para iniciarmos o projeto, que tem como proposta abordar o uso de indicadores para a tomada de decisão e gestão, nas diversas áreas. Mas, pensando nisso, você sabe o que são indicadores?Inicialmente, de acordo com o dicionário Michaelis, um indicador pode ser: "Que orienta sobre qualquer providência a ser tomada". Em outras palavras: aquilo em que se pode balisar para a tomada decisões.
Também temos a definição do dicionário Dicio, que diz que indicar é aquilo "Que indica, que dá a conhecer", e um sinônimo de guia.
Em ambos os dicionários, é possível perceber que um indicador é uma métrica, física ou abstrata, que serve como suporte a decisão. Com um conjunto de indicadores, é possível elaborar um método, uma estratégia que pode assumir determinadas posturas, frente a uma situação. Assim, fica mais claro se devemos realizar alguma ação, de qual tipo, com quais cuidados, dentre outras ponderações. Ou, de outra forma, não realizar qualquer ação.
Vejamos um exemplo: Pense em um investidor que deseja se tornar sócio de uma empresa no setor de varejo. Existem diversas empresas neste ramo, mas, inicialmente, se deseja investir em somente uma. Mas, em qual?
Uma possibilidade é avaliar os balanços contábeis das candidatas. Avaliar se têm lucros consistentes, se apresentam dívida alta e qual sua "fatia" de mercado, em relação as demais concorrentes.
Veja! Neste caso, o investidor, ao acessar os dados dos balanços, já tem um conjunto de indicadores, que são: o lucro, a dívida e a proporção ocupada no setor varejista.
Vamos pensar como o investidor… A melhor empresa para investir, será aquela com maiores lucros, maior proporção ocupada e menor dívida. Se esta é a metodologia, ou estratégia de investimento, então fica fácil tomar a decisão.
Mas, é se este investidor perceber que há uma empresa que saiu de sucessivos prejuízos e começa a ter lucro crescente e consistente. Percebe que as dívidas são para a expansão de negócio, e, apesar de ser pouco relevante, frente ao total do setor varejista, balanço após balanço apresenta crescimento? Os indicadores usados podem apresentar métricas ruins para essa empresa, isso significa que não se deve investir na mesma? Depende! Se a estratégia for investir neste tipo de empresa, esperando ganhos futuros expressivos, então, se seleciona as empresas como os piores resultados, apontados pelo conjunto de indicadores utilizado.
Ou seja, o indicador dar suporte, e facilita bastante, a tomada de decisão. Mas, é necessário um método a seguir, para que as ações sejam racionalizadas, e aplicadas com maior eficiência.
Outra forma de utilização de indicadores é avaliação de metas. Suponha que você deseja se aposentar aos 50 anos, ganhando 5 salários-mínimos. Atualmente, você tem 18 anos e deseja criar métricas para alcançar este objetivo. Inicialmente, vamos supor que não é possível você se aposentar com essa idade, na previdência social. Assim, somente investindo seu dinheiro em longo prazo (32 anos), será possível alcançar esse objetivo. Como traçar metas e métricas para atingir e acompanhar este objetivo?
Em primeiro lugar, precisamos estimar quantos meses nos resta de vida, ao contemplar 50 anos. Dessa forma, poderemos estimar qual o montante será necessário. Esse é o objetivo mínimo.
Nesse caso, o mais intuitivo é que o seu indicador seja o patrimônio acumulado. E, as metas intermediarias (para atingir o objetivo) podem ser os montantes anuais. Para isso, basta dividir o objetivo mínimo por 32. Certo? Matematicamente, não tem problema. Porém, isso pode gerar ansiedade.
Ansiedade? Sim. Suponha que seu objetivo seja R$ 1 milhão. Assim, se acúmulo anual deve ser R$ 31.250,00, ou R$ 2.604,17 ao mês. Com 18 anos, você estaria no fim do ensino médio, possivelmente sem emprego. Nessa situação, você já não conseguiria atingir sua primeira meta, ou demandará tanto esforço, que possa gerar ansiedade e, no extremo, fazer com que desista do objetivo.
Talvez a melhor solução seja iniciar com metas menores, aumentando gradativamente. Dessa forma, pode criar valores de meta para cada patrimônio acumulado anual, ajustando uma função linear, potencial ou exponencial. Uma função logarítmica também seria um bom ajuste, já que as metas se tornam mais constantes no fim do tempo, o que pode gerar certo conforto, próximo ao fim do projeto.
Conforme visto, os indicadores, quando utilizados corretamente, são excelentes ferramentas de apoio a decisão, racionalização de metas e verificadores de objetivos.
Assim, é necessário que se defina um objetivo e meta intermediarias que não sejam nem impossíveis, nem muito fáceis. A partir destas criar um plano (método, estratégias e etc.) e verificar o cumprimento de suas metas, por meios do conjunto de indicadores escolhidos.