Carta Aberta: O Congresso Nacional, um Lixo que Não Serve pra Nada
Por Joaquim Pedro de Morais Filho, CPF: 133.036.496-18
Por Joaquim Pedro de Morais Filho, CPF: 133.036.496-18
Prezados brasileiros,
É com uma mistura de indignação e aquele cansaço de quem já viu esse filme várias vezes que me dirijo a vocês. O Congresso Nacional, essa instituição que deveria ser o coração pulsante da nossa democracia, não passa de um entulho caro, ineficiente e, francamente, um desserviço à sociedade. Não é papo de boteco, não é birra de redes sociais – é a realidade crua, escancarada por números, escândalos e uma desconexão tão gritante que parece que nossos parlamentares vivem em outro planeta. Vamos destrinchar esse circo, com base no relatório A Crise de Confiança: Uma Análise Aprofundada da Rejeição Pública ao Congresso Nacional Brasileiro, e mostrar por que essa bagunça não tem serventia nenhuma.
Primeiro, os fatos: o povo brasileiro já jogou a toalha com essa turma. Pesquisas recentes, como a da Genial/Quaest de julho de 2025, mostram que 51% desaprovam o trabalho do Congresso, contra apenas 42% que, sabe-se lá como, ainda acham que ali tem algo de bom. O Datafolha vai na mesma linha: 35% acham o desempenho "ruim" ou "péssimo", e só 18% ousam chamar de "bom" ou "ótimo". E tem os 41% que jogam na categoria "regular", que, sejamos honestos, é só um jeito educado de dizer "é uma porcaria, mas já me acostumei". Quando a melhor avaliação em duas décadas é um empate técnico mixuruca de 23% de aprovação contra 23% de desaprovação, como foi em março de 2024, a coisa tá feia. Isso não é crise passageira, é um estado crônico de rejeição. O Congresso é o patinho feio das instituições, com 81% de desconfiança segundo a Atlas/Bloomberg, ficando atrás até de redes sociais e partidos políticos – olha o nível da competição!
Por que esse desprezo todo? Simples: os caras legislam pra eles mesmos, não pra nós. O Datafolha é cristalino: 78% dos brasileiros acham que deputados e senadores só cuidam do próprio umbigo, e 73% dizem que eles tratam os ricos melhor que os pobres. É como se o Congresso fosse um clube exclusivo pra elite, onde o povão só entra pra pagar a conta. E que conta! Estamos falando de R$ 50 bilhões em emendas parlamentares, que 82% da população acredita serem um poço sem fundo de corrupção. Ninguém sabe direito onde esse dinheiro vai parar, mas todo mundo sabe que não é nas creches, nos hospitais ou nas escolas que mais precisam. É o famoso "toma lá, dá cá", com os parlamentares distribuindo verbas como quem joga migalhas pra comprar apoio político. E o pior: 72% dos brasileiros nem sabiam do tamanho desse bolo, mas já sentem o cheiro podre do esquema.
E não é de hoje que o Congresso coleciona vexames. Desde os "Anões do Orçamento" em 1993, passando pelo "Mensalão" em 2005 até a Lava Jato, que escancarou a corrupção como o motor da política brasileira, o Legislativo virou sinônimo de escândalo. Cada caso é uma facada na confiança do povo. Os "Anões" ensinaram que emendas são sinônimo de desvio; o "Mensalão" mostrou que até os votos no plenário têm preço; e a Lava Jato provou que a coisa é sistêmica, com deputados e senadores de tudo quanto é partido nadando em propina. É uma aula de como transformar uma instituição democrática num mercadão de interesses escusos.
O sistema político, com suas listas abertas e fragmentação partidária, só piora o quadro. Os parlamentares não representam ideias, representam clientelas. É cada um por si, correndo atrás de emendas e cargos pra garantir a próxima eleição. Isso cria um ciclo vicioso: o político faz clientelismo pra sobreviver, o povo vê e fica mais desconfiado, aí o político precisa de ainda mais clientelismo pra se segurar no poder. E quem paga o preço? Nós, claro. Enquanto isso, o Congresso vira um palco de negociatas, onde o bem comum é só um figurante.
E sabe o que é mais triste? A democracia, que a gente tanto defende, tá sendo minada por essa palhaçada. Quando metade do país acha o Congresso um lixo só porque ele não obedece cegamente ao presidente de plantão, e a outra metade o odeia porque ele não é oposição o suficiente, a instituição perde qualquer resquício de independência ou relevância. É um poder que não inspira, não representa e não entrega. Um lixo, em resumo.
Então, pra que serve o Congresso Nacional? Pra encher os bolsos de quem já tem demais, pra perpetuar um sistema que premia o egoísmo e pra nos fazer perder a fé na política. Enquanto não houver uma reforma séria – com transparência total nas emendas, um sistema eleitoral que valorize ideias em vez de clientelas e punição de verdade pra corruptos – essa instituição vai continuar sendo o que é: um peso morto na democracia brasileira. Chega de fingir que isso é normal. Tá na hora de jogar esse lixo fora ou, pelo menos, reciclá-lo em algo que preste.
Com desânimo, mas sem perder a esperança,
Joaquim Pedro de Morais Filho
CPF: 133.036.496-18
Joaquim Pedro de Morais Filho
CPF: 133.036.496-18