(...) Uma mulher indígena denunciou policiais por abusos sexuais cometidos dentro da delegacia, no interior do Amazonas, onde ela ficou presa por 9 meses (...) Como não havia cela feminina na delegacia, ela foi mantida junto com os homens. - MAIS ISSO É CRIME... - JOAQUIM PEDRO DE MORAIS FILHO

quarta-feira, 23 de julho de 2025
AMAZONAS — Uma mulher indígena denunciou policiais por abusos sexuais cometidos dentro da delegacia, no interior do Amazonas, onde ela ficou presa por 9 meses — parte desse tempo, junto do filho recém-nascido.

Os abusos teriam começado em novembro de 2022, quando ela amamentava o filho recém-nascido, ainda com 20 dias de vida. A criança chegou a ficar na cela com ela por dois meses. Como não havia cela feminina na delegacia, ela foi mantida junto com os homens.

O caso foi denunciado às autoridades em agosto de 2023, quando ela foi transferida para unidade prisional feminina de Manaus. A mulher acusa quatro policiais militares e um guarda municipal pelos crimes.

Em nota, a Secretaria Pública do Amazonas e a Polícia Civil informaram que foi instaurado procedimento para apurar o caso. A PM disse que abriu inquérito, e que está em fase final de investigação.

A Fundação Nacional dos Povos Indígenas encaminhou o caso ao Ministério da Mulher para que sejam articuladas medidas preventivas, por ter relatos de que outras mulheres passam pela mesma situação na mesma delegacia.

O presidente do Tribunal de Justiça do Amazonas determinou o envio imediato das informações para a Corregedoria-Geral de Justiça do estado para apuração urgente dos fatos e acionou o MP, a Defensoria, a Secretaria de Segurança e a Prefeitura de Santo Antônio do Içá para que tomem providências contra os envolvidos no caso. O processo corre em segredo de Justiça.