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US$ 42 milhões 🔴
Ontem (12), um júri federal dos Estados Unidos decidiu que uma empreiteira de defesa do país deverá indenizar 3 iraquianos em US$ 42 milhões por serem torturados na prisão de Abu Ghraib, no oeste de Bagdá.
A decisão encerra uma disputa legal que vinha desde 2008 sobre o papel da Caci International, empreiteira condenada, nas agressões na unidade. Os funcionários civis da empresa trabalhavam na prisão e cometeram atos de tortura no local durante a guerra no Iraque.
Ao considerar a empresa responsável, o júri concedeu a cada uma das vítimas, os iraquianos Suhail Al Shimari, Salah Al-Ejaili e Asa'ad Al-Zubae, US$ 3 milhões em indenizações compensatórias, e mais US$ 11 milhões para cada em indenizações punitivas.
As vítimas relataram terem sido submetidas a espancamentos, abusos sexuais, nudez forçada e outros tratamentos cruéis na prisão de Abu Ghraib. Eles não declararam explicitamente que os funcionários da empreiteira cometeram os abusos, mas argumentaram que a empresa era complacente.
As evidências incluíam relatórios de depoimentos de 2 generais aposentados do exército estadunidense, que documentaram os acontecimentos e concluíram que muitos interrogadores do Caci eram cúmplices dos abusos.
A maioria das violências aconteceu em 2003, ano em que os funcionários da empresa trabalhavam em Abu Ghraib, durante a invasão dos EUA ao país.